Saúdo a todos por igual, não vou fazer destaques a entidades ou individualidades, porque aqui e agora, somos apenas Amigos do Nuno. Fico muito contente pela vossa presença.
É impossível, no entanto, não referir uma ausência, que a mim, pessoalmente, me deixa entristecida. Trata-se do meu grande amigo Mestre Mário Silva, prefaciador desta obra, que por motivos de doença complicada não pode estar presente. No entanto pediu-me para transmitir ao Nuno o quanto aprecia a sua obra, o seu carácter de lutador, a sua alma de artista e deixar bem frisado que foi com o maior gosto que fez o prefácio para este livro.
Porque não está presente fazemos-lhe uma homenagem com a leitura do seu prefácio.
Prefácio
"É necessário e urgente vivermos plenamente o nosso tempo como homens e como artistas, para sermos verdadeiramente do nosso tempo.
Todo o artista que se queira realizar tem que estar enquadrado na vida do seu tempo. Aquele que se mantém fora da luta pela vida nunca se poderá realizar.
A obra de arte é por sua vez o nosso encontro com o artista com o seu mundo todo particular. Pelo seu trabalho nós podemos ver a sua sensibilidade e os seus dramas, qual a mensagem que nos quis dar. Ser-se de Hoje é difícil! Aragon dirigiu-se aos artistas plásticos desta forma: “Apelo para vós contentes e descontentes que amais a vida e sabeis o que é a luz, peço-vos que vireis os vossos olhos plenos de primas e os vossos corações de poetas da cor para a realidade triunfante, para o real, carne e substância da arte que vai nascer”. Não confundir o real de Aragon com a cópia da realidade. A arte que vai nascer é a arte dos nossos dias, a arte mais sentida do que compreendida, a “arte do encontro” na medida em que a mensagem do artista encontra em nós alguma repercussão.
O artista moderno é pela primeira vez Homem e tem consciência que a arte é um mundo em si."
Mário Silva
Peço para Mário Silva uma salva de palmas.
Estar aqui hoje a falar do Nuno e da sua obra é um tributo justo a uma caminhada coroada de êxitos mas não desprovida de batalhas difíceis. No entanto, o Nuno é um lutador de batalhas ganhas. Apostou no futuro com que sonhava e venceu.
É esse o grande motivo de estarmos aqui.
Enquanto artista plástico podemos considerá-lo como uma bandeira do nosso concelho. Basta dar uma vista de olhos à exposição aqui patente para nos justificarmos.
O Nuno dá a conhecer como poucos, a sua terra ao mundo, sempre de um modo simples e apaixonado, com imagens que cria com o coração.
Difunde-as depois através de uma cadeia de amigos, onde tem permanentemente um lugar cativo. Amigos com que pode contar sempre que necessário. Amigos que não olharam a distâncias nem a compromissos para estarem hoje na sua companhia.
É assim que este homem simples se revela: partilhando o gosto pela arte e tornando o mundo mais bonito, também com as cores da amizade.
O Nuno é, por natureza, um sonhador: sonha acordado, em voz alta, e com a sua força e capacidade de lutar e acreditar, contagia todos os que o rodeiam.
Isto, como dizia Fernando Pessoa, mostra que vale sempre a pena quando a alma não é pequena e que somos a medida exacta dos nossos sonhos.
Conheço o Nuno desde que começou a expor e sempre o conheci com estes atributos.
Hoje vejo nele um homem amadurecido, com os pés bem assentes no chão, dedicado ao trabalho e à família. Para os que não sabem, gostava de referir neste ponto que a família do Nuno é uma família de artistas, uma vez que a Paula, sua mulher, é uma poetisa popular e a Bárbara, sua filhota, já revela alguns dotes como o pai.
Para terminar não posso deixar de agradecer a todos os que colaboraram comigo e com o Nuno e que tornaram possível a realização deste livro.
Quero ainda referir que o produto resultante da venda deste livro reverte a favor da Associação de Solidariedade Social dos Carapelhos e Corticeiro de Baixo, a quem desejo as maiores venturas.
Encerro a minha intervenção deixando no ar uma grande expectativa para os próximos trabalhos do Nuno Pedreiro, este grande artista que hoje aqui estamos a homenagear.
Muito obrigada
É impossível, no entanto, não referir uma ausência, que a mim, pessoalmente, me deixa entristecida. Trata-se do meu grande amigo Mestre Mário Silva, prefaciador desta obra, que por motivos de doença complicada não pode estar presente. No entanto pediu-me para transmitir ao Nuno o quanto aprecia a sua obra, o seu carácter de lutador, a sua alma de artista e deixar bem frisado que foi com o maior gosto que fez o prefácio para este livro.
Porque não está presente fazemos-lhe uma homenagem com a leitura do seu prefácio.
Prefácio
"É necessário e urgente vivermos plenamente o nosso tempo como homens e como artistas, para sermos verdadeiramente do nosso tempo.
Todo o artista que se queira realizar tem que estar enquadrado na vida do seu tempo. Aquele que se mantém fora da luta pela vida nunca se poderá realizar.
A obra de arte é por sua vez o nosso encontro com o artista com o seu mundo todo particular. Pelo seu trabalho nós podemos ver a sua sensibilidade e os seus dramas, qual a mensagem que nos quis dar. Ser-se de Hoje é difícil! Aragon dirigiu-se aos artistas plásticos desta forma: “Apelo para vós contentes e descontentes que amais a vida e sabeis o que é a luz, peço-vos que vireis os vossos olhos plenos de primas e os vossos corações de poetas da cor para a realidade triunfante, para o real, carne e substância da arte que vai nascer”. Não confundir o real de Aragon com a cópia da realidade. A arte que vai nascer é a arte dos nossos dias, a arte mais sentida do que compreendida, a “arte do encontro” na medida em que a mensagem do artista encontra em nós alguma repercussão.
O artista moderno é pela primeira vez Homem e tem consciência que a arte é um mundo em si."
Mário Silva
Peço para Mário Silva uma salva de palmas.
Estar aqui hoje a falar do Nuno e da sua obra é um tributo justo a uma caminhada coroada de êxitos mas não desprovida de batalhas difíceis. No entanto, o Nuno é um lutador de batalhas ganhas. Apostou no futuro com que sonhava e venceu.
É esse o grande motivo de estarmos aqui.
Enquanto artista plástico podemos considerá-lo como uma bandeira do nosso concelho. Basta dar uma vista de olhos à exposição aqui patente para nos justificarmos.
O Nuno dá a conhecer como poucos, a sua terra ao mundo, sempre de um modo simples e apaixonado, com imagens que cria com o coração.
Difunde-as depois através de uma cadeia de amigos, onde tem permanentemente um lugar cativo. Amigos com que pode contar sempre que necessário. Amigos que não olharam a distâncias nem a compromissos para estarem hoje na sua companhia.
É assim que este homem simples se revela: partilhando o gosto pela arte e tornando o mundo mais bonito, também com as cores da amizade.
O Nuno é, por natureza, um sonhador: sonha acordado, em voz alta, e com a sua força e capacidade de lutar e acreditar, contagia todos os que o rodeiam.
Isto, como dizia Fernando Pessoa, mostra que vale sempre a pena quando a alma não é pequena e que somos a medida exacta dos nossos sonhos.
Conheço o Nuno desde que começou a expor e sempre o conheci com estes atributos.
Hoje vejo nele um homem amadurecido, com os pés bem assentes no chão, dedicado ao trabalho e à família. Para os que não sabem, gostava de referir neste ponto que a família do Nuno é uma família de artistas, uma vez que a Paula, sua mulher, é uma poetisa popular e a Bárbara, sua filhota, já revela alguns dotes como o pai.
Para terminar não posso deixar de agradecer a todos os que colaboraram comigo e com o Nuno e que tornaram possível a realização deste livro.
Quero ainda referir que o produto resultante da venda deste livro reverte a favor da Associação de Solidariedade Social dos Carapelhos e Corticeiro de Baixo, a quem desejo as maiores venturas.
Encerro a minha intervenção deixando no ar uma grande expectativa para os próximos trabalhos do Nuno Pedreiro, este grande artista que hoje aqui estamos a homenagear.
Muito obrigada